Um dia fui lá . Copa do mundo de 1998 na França. Por 25 dias ininterruptos fiquei por lá entre maravilhado e saudoso. "Tuminha" ( minha querida federal Cris) ficou. Trabalhava, não podia deixar os pimpolhos ainda miúdos. Ficou de olhos molhados, feliz e triste.
Naquelas plagas longícuas e friorentas, prometí a mim mesmo que um dia levaria "Tuminha". O tempo passou, passou, passou.... mais de 10 anos...
- Chegou tua vez Cris! arruma a mala que ja arrumei a grana e o tempo. Promessa é dívida !
Sentí Cris balançar, sem querer acreditar direito. Olhou nos meus olhos... olhar temeroso, brilhando de expectativa.,,
- Se prepara, tua viagem vai sair. Providencia pro feriadão da Semana Santa...
Alegria incontida. Fala aquí, alí , acolá. Ana escuta. Coincidencia de vontade e de intensão.
- Eu e Nelsinho vamos viajar. Iza e Dinho também.
Peito inflou. Oportunidade única se destampando, surgindo feito sol na manhazinha, trazendo calor no corpo todo, conforto de alma.
Acertou detalhes, juntou vontades, formulou roteiro. Três cidades em 11 dias : Londres, Amsterdan, Paris. Passagens compradas, hoteis reservados, passaportes tirados, malas aprontadas.... A mala de "Tuminha", vixe Maria, coisa absurda, sete horas de arrumação a quatro mãos. Loíse ajudando nas escolhas , nos tiras e botas.
La fomos nós. No Aeroporto de Salvador juntam-se os seis: Eu, "Tuminha", Tinho, Aninha, Izinha e Dinho. O avião levanta voo em direção a Madrí. Tuminha finalmente acorda, acredita, coração disparado sobre o oceano atlântico, olha pra mim e dispara:
- Hare you espinquingle ?
E eu incontinente.
- Nô, aydonte !
Dez horas depois, descemos em Madrí. Aeroporto bonito de dá gosto. Grandão, jeito de Shoping Center. Visitas a banheiros para o n. 01 e o n. 02. Neste esporte Tinho tira de letra, campinhão disparado.
Ajeitado o estômago com um bom sanduiche de baguete na Lancheria " Paulus", denominada de " minha rede Internacional' .
Conexão efetivada, embarcamos para Paris. Aeroporto francês é belo, não tão grande como o de Madrí. Depois outro Avião para Londres. Belo Aeroporto. Izinha faz valer seu ingles fluente e acerta taxí para o Hotel Ibis.
Finalmente, após quase 17 horas entre aviões e aeroportos, o conforto do Hotel, o banho quente e o frio intenso das ruas de Londres á noite, a primeira de muitas.
Caminhamos pelas ruas opacas, vento de um frio cortante. O relógio aponta para a meia noite. O movimento na rua é pequeno. Poucos transeuntes, poucos veículos. Restaurantes fechados. Um letreiro luminoso se vislumbra adiante. O estômago aperta. Um restaurante Indiano, pequeno aconchegante, de beleza austera, simples, singular. Estava aberto, os últimos comensais encapotados batendo em retirada. Izinha se dirige a uma moça de aparência Indú postada no balcão. Resolvem nos atender. Sozinhos, nos é servido um lauto jantar de uma maravilhosa Comida Indiana. Coisas saborosas, apimentadas, bolachas de pão enormes com molhos condimentadas. Um bom vinho é aberto. " Tuminha" preferiu cerveja...
como sempre.
Voltamos para o hotel andando no frio avassalador, mas satisfeitos pelo maravilhoso jantar das Índias. A cama recebeu nossos corpos saciados e cansados, e sobre pessados cobertores dormimos o sono dos Deuses...
Paulo Lobo
Obs . As fotos ilustram os nossos primeiros momentos em Londres.
sábado, 12 de maio de 2012
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