Dentre as minhas observações e meditações sobre a vida ou forma de viver melhor, tenho refletido e buscado conclusões sobre dois aspectos: A habitualidade e a eventualidade.
Há mais de dois anos ininterruptos, acontece no Balneário todas as sextas feiras a partir das 20:00 hs até ás 24:00 hs um jogo de pôquer envolvendo de forma constante Cacai, Lucas , Marcus Lobo , Helinho, Miranda, Danton , Santinho e eventualmente , pelo menos uma sexta feira a cada mês eu compareço, o meu xará Paulo de Papoeiruçu e atualmente Eduardo Lobo.
O jogo é apenas a motivação para o real objetivo que é o prazeiroso encontro de pessoas que se socializam e se divertem. Ao final do jogo, entre a meia noite e uma hora da manhã sempre é servido uma lauta refeição levada em rodízio por cada participante fixo. Nunca levei refeição. Ultimamente tenho levado uma garrafa de vinho para degustação dos participantes e naturalmente os "abalizados" comentários sobre a textura e o gosto do vinho. Durante quatro horas em média, os participantes bebem vinho, cerveja, refigerantes, wisk e um adocicado e maravilhoso café sempre levado por Miranda , tudo em meio de uma alegre e despreocupada algazarra de comentários engraçados, piadas espirituosas. as apostas são de pequenos valores e todos ganham ou perdem pouco dinheiro. Enfim, uma festa de prazeres.
Tais encontros entre amigos e especialmente entre irmãos, pouco a pouco foi reconstruindo e solidificando uma fortíssima amizade. Somam-se pequenas gentilezas, carinhos, atenções, despreendimentos. Naqueles momentos não há lugar para problemas, tristezas, sofrimentos, disputas, preconceitos. O foco é a alegria e a alegria faz seus milagres.
Observei que em razão destas sextas feiras, foi pouco a pouco brotando algo novo . Algo muito bom. Foi solidificando a amizade , o carinho, o respeito e a admiração entre todos, especialmente entre os irmãos. Por exemplo, como não sentir carinho por Miranda na sua eterna sizudez, a cada sorriso que dá a ante gesto despretencioso ou uma brincadeira ?
A eventualidade destes encontros a cada oito dias, por apenas quatro horas se manifesta extremamente benéfico para os participantes.
De outra banda, a convivência habitual - dia a dia - a exemplo dos colegas de trabalho, companheiros de convivência, esposo e esposa, irmão sobre os mesmo teto, namorados constantes etc., se revela extremamente conflituosa.
O filósofo alemão Shopenhauer afirma que felicidade é ausencia de conflito.
Observo, que a convivência eventual é extremamente prazeirosa e quase não há conflito, enquanto que a convivência habitual em que pese possuir prazeres, prima também pelo excesso de conflito.
Penso então, em aprofundar o tema da convivência humana habitual e a eventual. Qual das situações é mais saudável para o bem estar mais prolongado e felicidade das pessoas ?
Paulo Lobo
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
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