Há muito não a via. Semana passada, entretanto, ao adentrar o salão grande de espera da Justiça do Trabalho, como imâ, meus olhos lhe visualiza. Dois beijos estralados matando saudade. um aperto de mão e a sonoridade de sua voz nunca esquecida:
- Paulo Sérgio ! Somente ela me chama de Paulo Sérgio, razão pela qual me acostumei a chamá-la de Carmem Dolores.
Em que pese os beijos estralados e alegria brilhado nos meus olhos por ve-la, foi logo cobrando...
- Parou de escrever no seu blog Paulo Sérgio ? tô sentindo falta !
Dei um desculpa qualquer, tão fajuta que nem me lembro agora. Preguiça talvez. Ocupações, o vício do face, sei lá. A promesa veio de sopetão, incontível...
- Pode olhar... nestes dias colocarei alguma coisa!
Carmem Dolores é uma dessas amigas do peito que tem o poder de me estimular. Ainda adolescente, vivia me cobrando realizações. Em Cachoeira , passava na Loja de meu Pai onde eu trabalhava de balconista. Olhava nos meus olhas e provocava:
- e aí poeta, vai passar tua vida aí? Você nasceu pro mundo, vá viver seus sonhos...
Eu ficava alí a cismar, lembrando dos belos olhos azuis de Carmem Dolores. Amiga de fé, irmã camarada.
Fugí de Cachoeira ( meu pai não sabia) e fui com Carmem Dolores e Enéas fazer vestibular em Salvador. Passamos, os três, e a festa começou no Monte, na casa de Carmem Dolores, com os ouvidos colados no velho rádio de Professor Camilo...
Voltei Carmem Dolores !
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
CACHOEIRA - ÓPERA DA CIDADE EM DÓ MAIOR
13 Movimento:
Um dia qualquer,
não muito tarde
quero viajar com você.
Percorrer os campos de minha terra,
visitar os bosques ,
fumar um cigarro,
namorar e sonhar na beira daquele nosso rio
quando entardecer ...
Quero correr,
brincar de "picula"
dançar forró sob a lua
e sorrir com você.
Voar sem destino,
ser pássaro e ser menino;
Deitar nos seus arrebóis
e esperar sobre seus lençóis
o novo dia que vai chegar...
.............
Fim da Ópera da Cidade.
Um dia qualquer,
não muito tarde
quero viajar com você.
Percorrer os campos de minha terra,
visitar os bosques ,
fumar um cigarro,
namorar e sonhar na beira daquele nosso rio
quando entardecer ...
Quero correr,
brincar de "picula"
dançar forró sob a lua
e sorrir com você.
Voar sem destino,
ser pássaro e ser menino;
Deitar nos seus arrebóis
e esperar sobre seus lençóis
o novo dia que vai chegar...
.............
Fim da Ópera da Cidade.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Salve Iza - 50 anos
Não se faz 50 anos todo dia. Sabemos disso. Entretanto, quando se trata de Iza, o 50 cintíla e se eterniza. O 50 vira marca registrada, porque revela a beleza de uma vida sem mácula desta mulher menina, mulher canção. Mulher de 50 de sorriso de criança, mulher sansão... 50 anos de exemplos de bondade, de generosidade e de inteligência. O teu olhar de brilho transparente , te revela , te desnuda e te transporta para mais mil anos de fulgor...
Cachoeira - Ópera da Cidade em Dó Maior
11o Movimento:
Triste Cidade - amargo gosto de abandono...
Nas tuas ruas, as sombras de outrora
ainda me faz sonhar
sobre coisas que nunca ví.
Ah !! se teu fulgor revivesse agora
não sentirias frio nem sofrerias...
Cidade minha, todo dia
caminharia nas tuas ruas
feliz e silencioso...
..................
12o Movimento:
Buscar essas tantas coisas que se vê por aí,
buscar teus passos seculares
nestas calçadas ja de tantos sóis...
Buscar essas tantas mágoas
jogadas nestas paredes frias
velhas, esquecidas e mudas
estas tristes paredes a sós,
amargas e serenas....
A minha busca infinita
nas ruas de Cachoeira...
Aqueles heróis esquecidos
que a ninguém transforma...
e esta minha tese de poder crer
buscando ingenuamente o passado...
Buascar estas soberbas glórias,
esses estremecidos gritos
desvendando liberdades...
Buscar este rio plainando calmo
correndo a esmo, impassível
de século a século...
E estas noites tão longas ,
Cachoeira não quer acordar!
Ja não há mais luz,
todos se fecharam impotentes
como se alí a vida morresse...
Buscar imágens que não se repetem,
termos que ja não usam,
pedidos que ja não fazem,
juras que ja perderam a razão,
promessas que ja perderam o sentido...
Tudo está sendo engolido pelo tempo
e nada se constrói !
É que o sol da manhã
só faz esta gente abrir a janela
numa última tentativa de existir...
Onde buscar os designios da luta ?
onde buscar o porquê da desventura ?
onde ?
Por onde andarão os heróis
que jamais retornaram ?
Por onde andarão os intelectuais
que jamais reviveram?
Por onde andarão aqueles tantos braços fortes ?
aquela vontade de todos os antepassados,
onde ficou ? onde ?
Morreu no braço impávido
onde a velha Cachoeira se decria
sem se aperceber da morte....
Triste Cidade - amargo gosto de abandono...
Nas tuas ruas, as sombras de outrora
ainda me faz sonhar
sobre coisas que nunca ví.
Ah !! se teu fulgor revivesse agora
não sentirias frio nem sofrerias...
Cidade minha, todo dia
caminharia nas tuas ruas
feliz e silencioso...
..................
12o Movimento:
Buscar essas tantas coisas que se vê por aí,
buscar teus passos seculares
nestas calçadas ja de tantos sóis...
Buscar essas tantas mágoas
jogadas nestas paredes frias
velhas, esquecidas e mudas
estas tristes paredes a sós,
amargas e serenas....
A minha busca infinita
nas ruas de Cachoeira...
Aqueles heróis esquecidos
que a ninguém transforma...
e esta minha tese de poder crer
buscando ingenuamente o passado...
Buascar estas soberbas glórias,
esses estremecidos gritos
desvendando liberdades...
Buscar este rio plainando calmo
correndo a esmo, impassível
de século a século...
E estas noites tão longas ,
Cachoeira não quer acordar!
Ja não há mais luz,
todos se fecharam impotentes
como se alí a vida morresse...
Buscar imágens que não se repetem,
termos que ja não usam,
pedidos que ja não fazem,
juras que ja perderam a razão,
promessas que ja perderam o sentido...
Tudo está sendo engolido pelo tempo
e nada se constrói !
É que o sol da manhã
só faz esta gente abrir a janela
numa última tentativa de existir...
Onde buscar os designios da luta ?
onde buscar o porquê da desventura ?
onde ?
Por onde andarão os heróis
que jamais retornaram ?
Por onde andarão os intelectuais
que jamais reviveram?
Por onde andarão aqueles tantos braços fortes ?
aquela vontade de todos os antepassados,
onde ficou ? onde ?
Morreu no braço impávido
onde a velha Cachoeira se decria
sem se aperceber da morte....
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