Há muito não a via. Semana passada, entretanto, ao adentrar o salão grande de espera da Justiça do Trabalho, como imâ, meus olhos lhe visualiza. Dois beijos estralados matando saudade. um aperto de mão e a sonoridade de sua voz nunca esquecida:
- Paulo Sérgio ! Somente ela me chama de Paulo Sérgio, razão pela qual me acostumei a chamá-la de Carmem Dolores.
Em que pese os beijos estralados e alegria brilhado nos meus olhos por ve-la, foi logo cobrando...
- Parou de escrever no seu blog Paulo Sérgio ? tô sentindo falta !
Dei um desculpa qualquer, tão fajuta que nem me lembro agora. Preguiça talvez. Ocupações, o vício do face, sei lá. A promesa veio de sopetão, incontível...
- Pode olhar... nestes dias colocarei alguma coisa!
Carmem Dolores é uma dessas amigas do peito que tem o poder de me estimular. Ainda adolescente, vivia me cobrando realizações. Em Cachoeira , passava na Loja de meu Pai onde eu trabalhava de balconista. Olhava nos meus olhas e provocava:
- e aí poeta, vai passar tua vida aí? Você nasceu pro mundo, vá viver seus sonhos...
Eu ficava alí a cismar, lembrando dos belos olhos azuis de Carmem Dolores. Amiga de fé, irmã camarada.
Fugí de Cachoeira ( meu pai não sabia) e fui com Carmem Dolores e Enéas fazer vestibular em Salvador. Passamos, os três, e a festa começou no Monte, na casa de Carmem Dolores, com os ouvidos colados no velho rádio de Professor Camilo...
Voltei Carmem Dolores !
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
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