sábado, 27 de novembro de 2010

Crônica de hoje

Hoje volto a escrever. Caminhei pela praia solitario em meio de tanta gente. Refleti. O deseja de matar a solidão, de buscar aprumo, de confraternizar.

Dezembro chega apressado. Natal. Alegria de compartilhar prazeres, presentes, sorrisos, abraços, brilho de cores e luzes.

Vou convocar o pessoal para a Ceia de Natal no Balneario. Especialmente os de Cachoeira. Lucas e familia, Cacai e familia, Marco Lobo e familia, Iza e Familia, Dr.Bel e familia, Alemão e familia, Silvinha e Familia, Helinho e família. A galera de Salvador , se quiser tambem pode aportar. O coração espera aberto e sonhador , pronto para explodir de alegria.

Sinto saudade de todos. Dos momentos magicos de poucos dias atras com Baval. Grave e atento ! Dadau e Bainho na Porteira, esticando a conversa e retardando a desgustação a espera de Tinho que não chega. Meia noite. Garcon ameaça recolher os pratos. Bainho segura. Tinho não chega. - Não vem mais Maro ! A falta é sentida mas a alegria não termina. Eu, Baval,
Dadau e Bainho. Os velhos tempos de Pitanga refletidos nos olhos marejados de Dadau. Lembranças de nosso sempre amado Pai.

Dias depois Maro sugere novos encontros. Maro gostou, porque seu peito bole, saltita de alegria. Que melhor companhia que aquela de quem se ama incondicionalmente. Diga ai Bainho! Amor de irmão. Amor eterno. As vezes esquecido, fica ali , dormindo. Uma hora desperta. As vezes de surpresa , sem esperar. Então ... a certeza de existir.

A pouco olhava o mar. Grandão, quase infinito. O amor de irmão é assim, feito o mar, grandão. Cheio de armadilhas e quase infinito...

Opera de Tu e Eu

Ópera de Tu e Eu

1º Movimento

Tu, amante febril,
Insensata, sem pavor do estio...
Eu, sonhador de tantas luas
De veredas e paredes nuas.....
Tu, fugindo, fingindo,
Eu , amando, insistindo...

2º movimento:

Nos laços da ilha,sombria e fluida
Teu corpo visceja e Crusué não chega.
O que teus labios murmura não é ternura
é desejo e medo...

Nos braços da colina o vale acalma
E meu peito acalenta a alma . Iracema nasce
O que meu corpo pede, minha alma cede,
E o amor floresce e cresce....

Em tu, a cor
Em mim, a flor.

3º movimento
Tu , amante insensata,
Sem medo me mata ...
Eu, poeta do estio
De peito aberto flutua .... em leito de rio...

Tu, volteia, sussurra
Eu, estático , sem curva...

4º Movimento:
Longe , bem longe a ermo
Teu cheiro encanta, tua alma espanta
O que teu corpo pede
Minha mão cede...
Tu, viaja, flutua
Eu...