sábado, 19 de dezembro de 2009

Minha netinha Letícia.

- Oi "Lê", beijinho, disse debruçando sobre Leticia e baijar-lhe os cabelos finos e graciosamente encaracolados.

- Vovô... aponta o dedinho indicador, olhar encantado na inocência de seus dois anos de idade.

O coraçao aperta, estremece desconsertado. Os olhos úmidos de emoção incontível. Olho de solaio para "B" brincando distraido ao seu lado. Tentativa de disfarçar.

Letícia no colo de Camila, abre um doce sorriso. me olha matreira, brincalhona , o dedinho estendido em minha direção... - Vovô !

Me assombra a emoção, novamente disfarço com sorriso. Sensação doida batendo apressado no peito. Uma netinha, minha, momento mágico. Minha mão delicadamente acaricia seus cabelos.

- ó "Lê"... seu vovô é aquele alí com papai ....aponto Nelsinho que a três metros conversa com Breno.

Os olhinhos de Letícia por um momento se detem em Nelsinho e se voltam para mim. Sorriso brejeiro, pueril e o dedinho apontando os dois, sucessivamente....

- Vovô , Vovô !

Sucumbí de vez. Minha sobrinha-neta Letícia, minha primeira neta pelo coração, pelo destino. Sem saber me escolheu avô. Sem saber marcou minha alma, mexeu no meu coração e meu peito inflou.

Sensação nova e estranha de ser avô. Paulimho e Loise me darão netinhos e netinhas de sangue e se juntarão a "Lê" em amor.

Poema para Loise.

amada filha,

Você pediu, e eu atendo.

Loise - seus 15 anos.

Abre-te em flor e o coração apruma,
E sonhas... menina-moça, dourada sanha...
És sol que resplandece, escoa-se a bruma
És doce que enternece, desvanesce a manha...

Abre-te em pompa e o peito dança
E miras... no esplendor de tua porfia
És mito que nunca esquece, louca pujança !
És elo que não se quebra, confia.

Sonhas que é bom sonhar... sonha ainda
O amor que queres, alcançarás decerto
Deixa-te planar ... a tarde, antes que finda,
Trará teus cantos, teus beijos em verso.

Sonhas... deixa teu sonho incólume voar
A vida que queres, o amor trará...
Deixa-te volver, sorrir, cantar
Larga tua veia, deixa fluir, amar...

Abre-te sempre, a força da paixão é flama
E busque, e clame, e finde a dor que na alma emana.
És linda, és meiga e tua alegria é tanta
Se estrela ilumina,tua existência encanta !

Paulo Lobo - 13.03.2o08

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Minha primeira mensagem.

Resolvi abri meu Blog com um poema dedicado a Cristiane, minha amada esposa e companheira. Não se trata de uma homenegam, mas uma celebração ao amor. O amor será o tema principal de minhas mensagens, crônicas, poemas , etc. Creio que a vida tem seu maior e melhor alicerce no amor. É o amor que supera comflitos, deruba barreiras, vence obstáculos e sossega a alma. É o amor que nos transporta, nos tráz e paz e torma a vida muito melhor. Pois bem meus queridos, amigos, amados filhos, mãe, esposa , imãos, sobrinhos e parentes. O mundo espera de todos nós uma grande celebração e uma grande festa do amor, pelo amor e para o amor. Sejamos árvores mais que nunca, ou jamais teremos raízes. Beijos a todos.

domingo, 13 de dezembro de 2009


SEUS  OLHOS:  ( “dedicado a uma certa Cristiane) – em 09/82

Esses olhos graúdos guardam um tristeza solitária
E brilham como olhos de criança durante a festa.
Que estranha maneira de ser simples,  a sua...
Ah,  seu olhar de coisas doces e mansas,
Que sonho desmaiando a cada palavra de carinho...
Essa cor de rio tranquilo
E o cheiro de erva doce desses cabelos  - quase sinto,
Embrulham o meu sono com a fantasia e o medo.

Se fosses como as flores dos campos de minha Terra,
Eu pediria a Nosso Senhor que me fizesse abelha
P’ra poder ficar contigo e namorar.
Eu vejo que o seu corpo tem um cheiro antigo
De colchão de palha, amassando toda a fé dos sentidos...

Esses olhos graúdos podiam tirar
A tristeza dos meus, acredite,
Ah, seu olhar de criança e pranto,
Me olha e me diz – e fala,
Vai dando vida lentamente ao meu sonho...

Esses olhos abertos como janela para o dia,
Lembranças vagos dos tempos de molecagem,
Aquelas vantagens tolas de ser criança...
Ah, esses olhos aguardando a chegada de um Príncipe
Que perdeu o trem e desistiu da viagem,
E você vai ficar ainda na Estação
Vestida de esperança...   e o negro de sua pupila
Ganhado cada vez mais a cor e a ilusão...

Esses olhos de vento e dor
Chispam na escuridão dos becos e do medo
E se confundem com os olhos da coruja que,
Da torre da Igreja, grita e erra só...

Ah, se esses olhos ouvissem o coração,
Abandonasse um pouco a impressão de receio
E morassem junto aos meus,
Entraríamos  na infinita paz dos sonhos,
Das crianças que ainda vêem
São Jorge  e seu cavalo,  cavalgando na lua ......     ( Paulo Lobo)