sábado, 4 de agosto de 2012

Cachoeira- Ópera da Cidade em Dó Maior.

9o  Movimento:

Estou certo do fim, tudo se confunde,
há algo em mim que chora, que sangra,
que me arrasta em abismal avalanche,
que sacaode  e desmancha os sentidos meus...
Estou sozinho, perdido... e não há chance
geme no meu peito um fraco e tênue adeus...

Não há histórias a se contar.  Chora a vida,
estremece o pranto, uma tempestade sepulcral....
Aquí jaz incógnita, uma escritura qualquer,
sangrando a verdade nestes sobrados teus...
Estou só... não há um ruído sequer,
balança louco nos meus olhos, um aceno... um adeus.

Não há sentido nas coisas.  Perco-me de tudo.
Alguma coisa cruel, inóspita.  Silêncio madrugal...
Por aqui se vai, se esvai, se mortifica
exaure o sopro no peito que  modifica.
Há uma vertigem, uma ânsia, um adeus..


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