terça-feira, 31 de janeiro de 2012

FILOSOFANDO

Dentre as minhas observações e meditações sobre a vida ou forma de viver melhor, tenho refletido e buscado conclusões sobre dois aspectos:   A habitualidade e a eventualidade.

Há mais de dois  anos ininterruptos, acontece no Balneário todas as sextas feiras a partir das 20:00 hs até ás 24:00 hs um jogo de pôquer  envolvendo de forma constante Cacai, Lucas , Marcus Lobo , Helinho, Miranda, Danton , Santinho  e eventualmente , pelo menos uma sexta feira a cada mês eu compareço, o meu xará Paulo de Papoeiruçu  e atualmente Eduardo Lobo.

O jogo é apenas a motivação para o real objetivo que é o prazeiroso encontro de pessoas que se socializam e  se divertem.  Ao final do jogo, entre a meia noite e uma hora da manhã sempre é servido uma lauta refeição levada em rodízio  por cada participante fixo.   Nunca levei refeição.  Ultimamente tenho levado uma garrafa de vinho para degustação dos  participantes e naturalmente os "abalizados" comentários sobre a textura e o gosto do vinho.    Durante quatro horas em média, os participantes bebem vinho, cerveja, refigerantes, wisk e  um adocicado e maravilhoso café sempre levado por Miranda , tudo em meio  de uma alegre e despreocupada algazarra de comentários engraçados, piadas espirituosas.  as apostas são de  pequenos valores e todos ganham ou perdem pouco dinheiro.  Enfim, uma festa de prazeres.  

Tais encontros entre amigos e especialmente entre irmãos, pouco a pouco foi reconstruindo e solidificando uma fortíssima amizade.  Somam-se pequenas gentilezas,  carinhos,  atenções, despreendimentos.    Naqueles momentos não há lugar para problemas, tristezas, sofrimentos, disputas, preconceitos.  O foco é a alegria e a alegria faz seus milagres.

Observei  que em razão destas sextas feiras, foi pouco a pouco brotando algo novo .  Algo muito bom.  Foi solidificando a amizade , o carinho,  o respeito e a admiração entre  todos, especialmente entre os irmãos.   Por exemplo, como não sentir carinho por Miranda na sua eterna sizudez, a cada sorriso que dá a ante  gesto despretencioso ou uma brincadeira ?

A eventualidade destes encontros a cada oito dias,  por apenas quatro horas se manifesta extremamente benéfico para os participantes.

De outra banda,  a convivência habitual - dia a dia - a exemplo dos colegas de trabalho, companheiros de convivência, esposo e esposa,  irmão sobre os mesmo teto,  namorados constantes etc., se revela extremamente conflituosa.

O filósofo alemão Shopenhauer afirma que felicidade é ausencia de conflito.  

Observo, que a convivência eventual é extremamente prazeirosa e  quase não há conflito, enquanto que a convivência habitual em que pese possuir prazeres, prima também pelo excesso de conflito.

Penso então, em aprofundar o tema da convivência humana habitual e a eventual.  Qual das situações é mais  saudável para o bem estar mais prolongado e felicidade das pessoas ?

Paulo Lobo      

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